Economia solidária como tema de ressocialização do egresso do sistema carcerário brasileiro

Há dois números preocupantes no Brasil: o do desemprego e o da população carcerária. O aumento da criminalidade ocorre em razão de delitos de carácter econômico e se relaciona com a produção capitalista.

A criminalidade está intimamente relacionada ao modelo econômico que promove o acúmulo de lucro às custas do proletariado e do crescente número da miséria no país – onde a marginalidade se torna uma fórmula de subsistência, e dificulta a ressocialização do egresso do cárcere – local que transparece essa realidade: há violência e ampla negligência aos direitos humanos, falhando na tentativa de reeducar o apenado para torná-lo apto a retornar a sociedade.

É após sofrer dupla penalização que o egresso deixa o cárcere sem condições de prover sua subsistência, retornando ao cenário da miserabilidade e da marginalidade.

Há, portanto, a necessidade de refletir sobre as bases deste ciclo: Como o capitalismo auxilia a saída da marginalidade? De que modo se busca o fim da desigualdade social?

É urgente pensar fora do modelo capitalista – A Economia Solidária, se apresenta como instrumento de auxílio para a ressocialização definitiva do egresso, se baseando em princípios de igualdade, coletividade e claro, solidariedade. Possui finalidade distinta da lógica de mercado capitalista e apesar de se basear em fatores humanos como cooperação e autogestão e o fim da miserabilidade não é uma modalidade utópica.